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Responsável por 64% do abastecimento de energia da população do Rio, a Light tem um prejuízo anual de R$ 600 milhões por furto de energia.
Para se ter uma ideia, a energia que se perde com gatos em 31 dos municípios atendidos pela concessionária no estado daria para abastecer Nova Iguaçu, cidade que tem mais de 820 mil habitantes, por quatro anos.
Ao menos R$ 18 milhões seriam de ligações clandestinas em endereços e áreas nobres da cidade, seja em residências ou em empreendimentos comerciais.
No dia 20, uma moradora de uma casa de luxo na Barra da Tijuca, foi presa em flagrante por furto de energia, por policiais da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD).
A concessionária informa que o problema é uma de suas maiores preocupações. Em 2021, 30% dos investimentos feitos pela Light, ou seja, R$ 450 milhões, foram destinados ao combate aos gatos.
E tem dado resultado. Segundo eles, esse número vem caindo. Se em 2021 as perdas totais significaram 27,18% dos ganhos no primeiro trimestre, em 2022, a perda em relação ao mesmo período foi de 26,59%.
De acordo com o diretor comercial e de operações da Light, Thiago Guth os bairros do Rio com maior ocorrência de furto de energia são Bangu, Sepetiba e Senador Camará.
Já as cidades de Belford Roxo, Duque de Caxias e Seropédica registram os maiores índices de perdas de energia, com 47%, 41% e 40%, respectivamente.
Segundo ele, o mapa dos gatos se desenha da seguinte foram: 50% são ligações clandestinas em comunidades, 47% nos seis municípios da Baixada Fluminense atendidos pela concessionária ( Belford Roxo, Caxias, Japeri, Mesquita, Nilópolis e Nova Iguaçu) e nas regiões Norte e Oeste do Rio, e apenas 3% em áreas consideradas nobre da cidade, como Barra e bairros da Zona Sul.
— Nessa área, a maioria dos gatos está relacionada a estabelecimentos comerciais.
Geralmente é um tipo de desvio específico, mais sofisticado, embutido dentro da alvenaria — diz Thiago Guth, diretor Comercial e de Operações da Light, ressaltando que a ligação pode ser feita de duas formas.
— Uma seria a alteração tradicional. A outra é mais difícil de identificar porque é feita antes de que a luz seja ligada, ou seja, não há histórico de consumo.
O gato é descoberto pela equação que envolve o consumo geral da região, o que é pago desse consumo e o que sobra desse total.
A Light monitora, por meio do Centro de Controle e Medição, o consumo de seus clientes e realiza análises para identificar possíveis irregularidades e comportamentos fora de padrão.
Foi o que aconteceu com uma moradora de uma casa de luxo na Barra da Tijuca, presa em flagrante por furto de energia, no dia 20 deste mês. Segundo a Light, a residência tinha um desvio de energia, ligação ilegal que fazia com que o consumo total da casa não fosse registrado pelo medidor.
A fraude, confirmada por perito do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), levava a residência a deixar de registrar cerca de 2.000Kwh/mês, o que equivale a aproximadamente R$ 2.400 em contas de energia, segundo estimativas da Light.
Em fevereiro, um morador de um prédio de luxo no Recreio dos Bandeirantes também foi preso em flagrante por furto de energia.
Sem o medidor de energia, a casa estava conectada diretamente na rede elétrica da Light, fazendo com que o consumo não fosse registrado.